segunda-feira, junho 27, 2005

CORAÇÃO DE POETA




Poema Matuto

Tudo o que se faiz na vida,
a gente tem uma meta.
E para que a minha obra,
um dia seja cumpreta,
sem quaiqué era uma vêiz,
quero amostrá prá vocêis,
o coração de um poeta.

O coração de um poeta,
é difíce sê domado.
Num se doma, se acustuma;
pois é munto istabanado.
Pru quaiqué coisinha apronta,
amando fora da conta,
qui nem muleque safado.

Daquele qui desce o morro,
numa fôia de bananêra,
dêxando rasto na areia,
alevantando puêra.
Chêíin de arranhão nuis braço,
juêi fartando pedaço,
mode ais suas brincadêra.

É qui nem minino rim,
nuis tempo de adolecença.
Quando o sangue, mais ligêro,
tira sua paciença.
Do qui fica o dia intêro,
trancado lá no banhêro,
fazendo ais sua indecença.

Êsse coração muleque,
minha fía, é tôdíin tezão.
Qui ama tudo nessa vida,
in cada uma pulsação.
É o centro de um universo,
qui eu amostro in cada verso,
qui decramo p’ro povão.

E o meu, todo remendado,
num faiz veigonha a quem vê.
Se êle ixprodí, num sai sangue,
sai verso e amô, pode crê.
E é êsse véi coração,
qui incoloco in sua mão,
e ofereço a você...

Bob Motta

por Alma do Beco | 10:43 AM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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