terça-feira, março 22, 2005

UMA LUZ NO FIM DO BECO

Hugo Macedo


Lívio Oliveira

(Para Antoniel Campos)



Outra esfera me colheu.
A senda buscada firmou-se
e as folhas ressecadas dançando no beco
foram recolhidas após a partida de todos.

Gatos perambulavam perto do osso,
perto do oco
que deixei à porta do bar.

Esperando a nota blue da madrugada,
homens jogados fora jogavam.

Recolher-me todo é plano
que não consigo empreender.
Restos meus, já espalhados,
não se juntam mais, só chacoalham,
misturas de tudo,
de tudo que sou, do nada,
inconstante,
inquieto
e incauto.

Volto logo, vou-me embora.
Vou e volto, saio e dentro.
Fico e nunca.

Fazer o quê desta máscara,
máscara que ecoa mais um grito?

Onde fica mesmo o fim do beco?
Que deusa louca me guiaria?
Que musa tosca me daria a mão e a luz?

por Alma do Beco | 9:47 AM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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(Serenata do Pescador)


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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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