quinta-feira, março 24, 2005

ANTEVISÃO



...e um dia eu vou morrer
para meu próprio espanto
E aquele decorado-rápido
espanto dos meus amigos.

Um dia eu vou morrer sabendo
que amanhã será tarde demais
e que a lembrança não resistirá
ao curto tempo.

Morrerei de vez, definitivamente.
Olhares compungidos
e furtivas lágrimas
serão apenas exercício de velório.

Vez em quando, nos bares ou botecos
Um samba, um choro, a valsa,
levarão a que o copo seja alçado
e a lembrança em líquido transformada

Uma foto entre tantas encontrada,
de esguio, o olhar mais generoso
e a palavra do tempo resgatada,
dirão, que um dia
fui um ser teimoso.



RUBENS LEMOS

por Alma do Beco | 12:39 PM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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Praieira
(Serenata do Pescador)


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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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